segunda-feira, 17 de janeiro de 2011



Criança, o que você está fazendo com esse pedacinho de metal prateado aí no dedo?
Não vai funcionar...
Não vai acabar com sua dor nem secar suas lágrimas...
Não é aí que você quer estar!
Se eu pudesse eu cuidava dele pra você,
mas quanto nós todos sairíamos feridos por essa leviandade?
A gente que tinha tudo pra dar errado, deu certo...
como pedaços de uma mesma carne,
sentindo a mesma dor,
o mesmo impulso de se proteger...
E quem mais ia entender se, pra uma ser feliz, a outra terá que sofrer?
Essa vontade insuportável de arrancar esse anel do teu dedo...
Como uma faca cravada,
quando retirada também irá sangrar,
mas nós duas sabemos que aqui não é o seu lugar!
Como duas metades iguais...
Como olhar num espelho quando olho em teus olhos,
quando eu queria ter a tua mesma alegria
e pelos mesmos motivos eu sei que pelo menos sou parte disso.
Eu, cravando uma faca em meu próprio coração.

5 comentários:

Lorena Alves disse...

Olá. muito obrigado pelo elogio.
eu gostei bastante mesmo deste texto.
espero que voce volte em meu blog.

Srta Fernandes disse...

Olha. lindo demais o seu blog... ameii let

disse...

Muito bom!!
"cravando uma faca em meu próprio coração"...
Obg por estar visitando meu blog!
bjos

Carla Reichert disse...

Nossa, descobri seu blog no Orkut, belíssima poesia. Muito forte, me identifico com sua escrita, parabéns!!!!!!

abraços

http://precisomeexpressar.blogspot.com/

Lorena Alves disse...

Oi, boa tarde !
bom, a maioria dos meus textos é sim, sobre o que aconteçe comigo.
mais alguns.. por exemplo este ultimo que eu postei, é ficticio.

que bom que você gostou meu anjo.