quinta-feira, 13 de setembro de 2012




Elas têm mãos bonitas, ou olhos doces, ou sorrisos com covinhas...
O cabelo sempre impecável, pele perfeita, corpo irretocável
E de repente eu pareça simpática se olhar melhor
Ou até bonita quando me arrumo
Eu tenho um mistério... que logo some
Mas não tenho o brilho, não sou meiga
Eu me atrapalho, falo demais, falo alto
Desço do salto, desequilibro, perco o tato
Eu sou insegura e não essa figura que faz quando me vê
Tenho medos, muitos anseios e alguns segredos
Não faço parte das beldades
Todas essas princesas talvez sejam de verdade
Mas eu sou só mais uma figurante apagada
No teatro da vida dessa gente importante
Não me destaco, não faço foco
Tenho todos esses milhares de defeitos gritantes
Se você se der o trabalho de me conhecer
Já lhe adianto que não sou uma delas
E, mesmo que me esforce, jamais virei a ser...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Sentindo a brisa ligeira
Incomum nesses dias
Lembro-me do vento Leste
O frio e cortante vento contra meu rosto
Levando meus pensamentos muito longe
Através do inverno frio
Com seu ar sombrio encantador
Farfalhando as árvores quase em vida
Às mais cálidas horas da noite
Onde eu sentada esperava
Que minha mágica se expandisse
O vento que trouxe paz ao meu espírito
E calidez à minha alma
O mesmo vento que levou meus sussurros
E me trouxe você
E hoje a esta mesma brisa
Trazida de tempos distantes
Por idéias remotas
Em um tempo nada casual
Peço que indique sua presença
Através da alma minha que viaja
Que busca e espera
Mais uma vez junto ao frio
Uma noite especial como aquela