quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu preciso de uma mão estendida...
Mas não qualquer uma
Uma mão que me conheça
Que já tenha me tocado
Que eu possa fechar meus olhos
E descansar
E confiar
Deixar que me guie
Enquanto me sinto perdida demais
Para andar por mim mesma
Porque não pode ser você?
Eu já percorri um longo trecho
Apoiada em seu braço
Me agarrando como se fosse
Uma bóia salva-vidas
Que me levou pra terra firme
Agora estou perdida nesse mar
E qualquer coisa fica longe demais
Do lugar onde me encontro
Todas essas mãos oferecidas
Enquanto há interesse, elas estão ali
A troco de quê eu espero a sua?
Enquanto houve interesse, ela também esteve ali.

sábado, 6 de novembro de 2010


Eu olhei para o sol se pondo
Apolo levando seu carro de fogo
A música tocava totalmente em desacordo com as batidas do meu coração.
Queria que ele me levasse embora dali.
Que me dissesse as palavras que, fora de mim, eu ouvi.
Praquele sonho ruim eu acordei tendo o consolo que você estava ali
Pros sonhos bons, a mesma coisa, você ainda está ali, mas continua intacto, indiferente, inexato
Olhei para o seu descaso
Senti o calor que emanava da tua pele com a proximidade
Você só me deixa te alcançar até onde se permite
Eu te deixei entrar 
Tomar conta
Me vestir
Eu me doei, ainda esperando
Esperando
Vendo o sol ainda se pondo
Meus olhos tão secos quanto sua alma naquele momento
Meu âmago tão submerso como tuas mãos no meu sangue.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As palavras vieram
Com toda força
Em demasia
Eu me atrapalho
Me envolvo
Me distraio
Com tudo aquilo que eu não posso te dizer
Diga-me você primeiro
Cansei de falar em vão
Toque-me você primeiro
Não quero mais ouvir um não.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010



Eu pedi algo, e não fui atendida!
E no lugar não me deram algo muito melhor?
Então porque eu fico ridiculamente 
Esperando por mais?
Simplesmente não me dou por satisfeita.
Falta uma peça, algum encaixe...
Um gesto, uma palavra, uma certeza
Não sei viver momentos pela metade
Não sei esperar
Não consigo deixar nada para depois.
Quem garante que o ‘depois’ virá?
Tenho medo de perder coisas importantes
Ao mesmo tempo tenho medo de me precipitar
Não posso ignorar meus sentimentos...
Como cavalos selvagens
É mais seguro deixá-los livres.
Deixe que vão, deixe que levem o vento no rosto
E retornem na paz.
Despreocupados e contentes 
Como eu deveria estar...