quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


Lendo sobre uma menina que está terminando a temporada dela em Malta, eu comecei a lembrar da minha partida... eu tenho um sentimento de perda inexplicável e é essa minha memória mais vívida de lá! Sabe aquela história que começa assim: “me lembro como se fosse ontem”? Pois é, eu não! Eu lembro como se fizesse um século, como se fosse em outra vida... lembro como lembro de um sonho quando acordo no dia seguinte, na minha cama, atrasada pra ir trabalhar... lembro das sensações: imensa alegria, coragem, liberdade insana, ansiedade beirando o desespero e uma sensação indescritível de saudade e perda! Eu não me lembro como se fosse ontem! As vezes me vem o cheiro do mar e o barulho das pouquíssimas ondas batendo nas rochas, do calor do sol queimando a pele, da cor calcária  de tudo, das casas, calçadas, ruas, praias... mas eu não lembro como se fosse ontem, não consigo reconstruir em cores vívidas aqueles 2 meses! Eu luto com minha memória pra montar um quadro perfeito, mas são apenas pedaços de riso, do gosto do sal, do inglês de múltiplos acentos... e a dor aqui no peito, a saudade e a perda, aquela sensação de que talvez eu nem estive em todos aqueles lugares, essas ficam, tomam conta, me fazem questionar sobre a realidade desses 2 meses... e então eu preciso me agarrar às  pessoas que encontrei, às fotos e às pequenas coisinhas que trouxe como recordação, para ter certeza que não estou enlouquecendo, que foi real, que eu pisei em todos aqueles países, que viajei um pouquinho por esse mundão!

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