quinta-feira, 15 de abril de 2010


Um nome. Você não passa disso.
Um nome. Seu rosto está se apagando.
Aos poucos sua voz, seu olhar, vão sumindo, eu preciso me esforçar para ouvir você sorrindo.
Como um filme, vai passando. Mas com cenas censuradas.
E eu já nem lebro qual parte está faltando!!!
O que você dizia mesmo... ?
Eu entro em desespero tentando resgatar para mim em cores vivas, mas agora as partículas brilhantes já se foram embora.
E é tão doloroso, tão absurdo não conseguir mais montar o quadro completo...
Às vezes acho que a deficiência é minha, mas sua ausência não é tão marcante assim todos os dias.
Afinal, se eu for sincera comigo mesma, você jamais fez parte disso. Nunca esteve realmente presente.
Foi parte de mim que eu achava que tinha.
Mas hoje não encontro mais.
(Pedaço arrancado? Amputado?)
O que eu tenho hoje é aquilo que eu posso ver. É aquilo que posso sentir, tocar.
Um nome. Apenas isso.
... E partes confusas de algum sentimento!

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