terça-feira, 21 de setembro de 2010



O que mais doía em cada palavra que ela me dizia, era ter a consciência de que ela sempre esteve totalmente certa!
E ela me disse como seria, e eu mais uma vez tapei meus ouvidos e gritei. 
É o que eu sempre faço, não?
É onde eu sempre erro.
Eu acreditei que o som da minha voz dizendo o que eu queria que fosse, se sobrepusesse aos sussurros da minha mente me alertando de como seria. 
E sempre é.
Eu insisto, eu bato na mesma tecla até não restar mais nada.
Eu faço as promessas hoje, para quebrá-las amanhã, por uma palavra, por um sorriso... 
Eu aposto todas as fichas para quando eu ganhar, ser por inteiro... 
Mas eu ando tendo azar nesse jogo, talvez justo por eu não ver isso dessa maneira.
A gente sempre procura se esconder das coisas que machucam, mas quando sempre se cai, aprende a ter medo do que vem depois da curva.
E eu sempre insisto em forçar até meu limite, pra perceber que não valia de nada tudo que eu dediquei.
Um dia encontrarei uma resposta diferente?
Quando até as paredes se esforçam pra mostrar que estou seguindo pelo caminho errado, eu fico me perguntando em que ponto o certo e o errado se fundem em uma questão de princípios.
Por favor, alguém me empresta o fósforo? 
Acho que vou pôr fogo em mim mesma e em meus castelos estúpidos de areia.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Você é a noite, a lua num céu, é todas as estrelas que preenchem o manto negro que cobre nosso dia com a chegada da noite... um mistério pra mim.
É a razão dos meus pesadelos mais lindos... dos meus medos mais doces... 
Por todo esse tempo, houve de tudo por aqui, e agora há você.
Quando eu abrir meus olhos, sei que estará aqui ainda... mesmo que doa, para o bem ou para o mal, você vai ficar.
E mesmo quando você tiver que ir embora... não partirá de todo, não se afastará, não levará nada do que me trouxe.
Quando eu fecho meus olhos pra ouvir aquela música... aquela que combina com o som do seu riso... eu nem penso em você, eu te divido em partes, para apreciar melhor...
Te divido em olhar, em palavras, em mãos, braços, gestos, calor e voz.
Eu nem conheço você! Você é um mistério pra mim...
É como todas aquelas coisas por trás das palavras que dizemos, aquelas que não sabemos explicar, mas que ficam no fundo de nossos olhos quando olhamos em outra direção...
É como tudo aquilo que tentamos esconder simplesmente porque não entendemos como acontece.
Você é como a dose errada de algo muito certo, e eu te quero por perto.