quinta-feira, 9 de março de 2017

Quando vc se sente imensamente feliz por uma eternidade que pareceu durar um segundo apenas e você simplesmente não consegue romper os laços com as coisas que não te fazem mais o bem que deveriam fazer.
Quando tem uma imensidão azul na frente e você deixa esperando na porta, você não abre a porta, porque não abre a porta? Olhar através do vidro pode não mostrar tudo aquilo que você quer ver... e se as cores forem mais bonitas do lado de fora? E se ventar e o sol bater gostoso no rosto? E se a chuva tiver um gosto bom e o cinza das nuvens não for tão escuro assim?
O que te impede de saltar a janela é o mesmo que te faz pensar que manter os pés no chão é mais seguro! O mais seguro é voar! E se os pensamentos se perderem e não encontrarem mais o caminho de volta? E se eu deixar as coisas apenas serem o que elas são, as flores ainda são flores e eu posso enfeitá-las com glitter, eu posso voltar 7 anos e tudo parecer diferente sendo exatamente como elas foram há 6, 5, 4... enquanto eu me manter segura do lado de dentro, o barulho das ondas ao longe continuarão me confortando, uma explosão entusiasta não faz parte das coisas bonitinhas que eu vejo daqui desse lado!

E se nada existe para ser só um bocado do que é?

Um comentário:

Mao Punk disse...

"O mais seguro é voar! E se os pensamentos se perderem e não encontrarem mais o caminho de volta?". Forte isso! E nosso anseio por deixar as coisas mais belas, será que é natural e faz parte da sobrevivência ou será apenas uma ilusão para nos confortar? E quanto desse conforto não seria uma necessidade para a sobrevivência?

Não sei dizer, não. Mas de qualquer forma, por que enfeitar as flores de glitter não poderia ser algo bom, não é mesmo? A sua pergunta ficará ecoando: "E se nada existe para ser só um bocado do que é?". Pois é. Talvez nós precisemos descobrir tudo o que as coisas podem ser, superando nossa visão viciada da normalidade.

P.S.: Muitíssimo obrigado por vistar meu blog! E fico feliz de ver você postando aqui após tanto tempo! Não deixe a expressão morrer. Nunca! ;)