sábado, 6 de novembro de 2010


Eu olhei para o sol se pondo
Apolo levando seu carro de fogo
A música tocava totalmente em desacordo com as batidas do meu coração.
Queria que ele me levasse embora dali.
Que me dissesse as palavras que, fora de mim, eu ouvi.
Praquele sonho ruim eu acordei tendo o consolo que você estava ali
Pros sonhos bons, a mesma coisa, você ainda está ali, mas continua intacto, indiferente, inexato
Olhei para o seu descaso
Senti o calor que emanava da tua pele com a proximidade
Você só me deixa te alcançar até onde se permite
Eu te deixei entrar 
Tomar conta
Me vestir
Eu me doei, ainda esperando
Esperando
Vendo o sol ainda se pondo
Meus olhos tão secos quanto sua alma naquele momento
Meu âmago tão submerso como tuas mãos no meu sangue.

2 comentários:

Rodrigo de Assis Passos disse...

lindos versos!

Lâmina Prateada disse...

olá, gostei de seu texto, gosto de mitologia, o guardião do raio de luz era o arqueiro, Abaris, o peregrino servo de apolo, que levava a luz para lugares que estavam nas trevas, ele iluminava e aquecia, pena ser apenas mito, mentira, pois eu só vejo escuridão.

belo texto senhorita.